Diretora do HMA fala na tribuna sobre estrutura, desafios e necessidade de apoio coletivo

por Iohana de Camargo publicado 21/05/2025 11h19, última modificação 21/05/2025 11h19

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (20), a diretora do Hospital Municipal de Araucária (HMA) pelo IDEAS, Sirlene Dias Coelho, ocupou a tribuna para apresentar um panorama realista da situação atual da unidade hospitalar e destacar os desafios enfrentados desde o início da sua atuação à frente da gestão.


Sirlene, que tem experiência em outras duas grandes Organizações Sociais (OSs), afirmou que encontrou um cenário preocupante no HMA, especialmente no que diz respeito à estrutura física e condições de funcionamento. “Quando cheguei e me deparei com o hospital, vi que é inviável tratar pacientes em certas condições. E há confusão sobre de quem é a responsabilidade: OS ou prefeitura?”, questionou.


A diretora explicou que os contratos firmados com as Organizações Sociais não preveem reformas estruturais, aquisição de equipamentos ou mobiliários, funções que são de responsabilidade da administração pública. Ela também citou a falta de documentos fundamentais para o funcionamento do hospital, como o alvará sanitário, o alvará de funcionamento e o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).


“Hoje, o hospital sequer deveria estar aberto. Chove dentro da UTI e do centro cirúrgico. Eu estou disposta a trabalhar, mas não consigo fazer isso sozinha. Preciso do apoio dos vereadores, do presidente e de todos que possam colaborar para mudar esse cenário”, reforçou.


Outro ponto destacado foi a aquisição, ainda não concretizada, de um tomógrafo de 64 canais, cujo processo está em trâmite desde 2021. De acordo com Sirlene, trata-se de um equipamento mais complexo e caro do que o necessário para a atual realidade do hospital, que a responsabilidade é da outra OS. Diante das dificuldades para viabilizar sua instalação, a solução imediata será locar um tomógrafo menor, compatível com a estrutura física do hospital, pois o contrato prevê locação de equipamentos.


Ao final, a diretora reiterou que deseja fazer a diferença à frente do HMA. “Quero fazer o que eu posso e o que eu não posso. Mas sozinha, não vou conseguir.”